De janeiro a agosto desse ano, os incêndios no Brasil já devastaram mais de 11 milhões de hectares. A área corresponde a quase três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro.
Em Mococa, no interior de São Paulo, o registro assustador de um redemoinho de fumaça que se formou em uma fazenda. O fenômeno aconteceu pela combinação vento e solo muito quente, além do fogo que atinge a região.
Em Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, os bombeiros passaram a noite desta quarta-feira (11) apagando o fogo, que retornou após ter sido contido durante o dia. Uma área equivalente a 12 campos de futebol já foi destruída.
Um mapa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostra a evolução da seca no Brasil desde 2012. Em 2020, ela foi severa no Centro-Oeste, parte do Sul e Sudeste. Neste ano, a estiagem se agravou pelo país inteiro.
As queimadas aumentam a seca que prejudica as nascentes. Quando o volume de água é reduzido, pode causar problemas no abastecimento e na geração de energia elétrica.
Especialistas acreditam que o Amazonas pode viver um colapso ambiental. A floresta mais úmida do planeta passou a enfrentar secas frequentes. O Rio Negro, que banha Manaus, está seis metros abaixo do nível normal. O estado decretou emergência em todas as 62 cidades.
Em Campo Grande, o clima seco, a baixa umidade do ar e o calor excessivo afeta a saúde da população, além de impactar negativamente na qualidade do meio ambiente. A Secretaria Municipal de Saúde investiga as doenças gastrointestinais que estão lotando as unidades de saúde da capital sul Mato Grossense. A hipótese de virose não está descartada.
Por causa dos incêndios e o tempo seco, São Paulo tem registrado a pior qualidade do ar entre as principais metrópoles do mundo. O índice é verificado através da concentração de material particulado que fica suspenso na atmosfera. São resíduos tóxicos com vários níveis de concentração.
Quanto menor a medida da partícula, mais prejudicial à saúde. Essa poluição é gerada por indústrias, veículos e incêndios. As partículas se espalham no ar através da fuligem e fumaça.
O incêndio que atingiu a Floresta Nacional de Brasília foi o pior dos últimos 10 anos, segundo o Instuto Chico Mendes. Cerca de 45% da área de vegetação foi destruída pelo fogo. Animais que vivem na reserva ficaram sem alimentos e profissionais do Ibama estão deixando comida em lugares estratégicos.
- BAND/UOL