O governo quer criar bloqueios para impedir que as pessoas fiquem viciadas em apostas esportivas e caça-níqueis virtuais, como o “Jogo do Tigrinho. Uma das opções é a criação de uma trava anti-vicio.
As plataformas terão que ficar de olho se os apostadores tiverem comportamento fora do normal, como apostas com valores que não condizem com a renda informada, ou jogos muito frequentes, por exemplo.
O Ministério da Fazenda vai finalizar até o final de julho as regras que as plataformas deverão seguir. O que se sabe é que a trava anti-vicio deverá ser monitorada pelas próprias plataformas e elas deverão enviar balanços regulares ao governo.
Para André Gelfi, diretor do IBJR, a medida seria uma necessária para complementar as campanhas de conscientização.
“EU NÃO ACREDITO QUE ESSA MEDIDA ESPECÍFICA SEJA UMA BALA DE PRATA EU ACREDITO QUE É UMA MEDIDA PERTINENTE, NECESSÁRIA, QUE SE COMPLEMENTA COM CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO E POR AÍ VAI”
Os sites e aplicativos de apostas devem ter um botão de fácil acesso para que os usuários possam excluir rapidamente as contas. E um telefone para que as pessoas que percebam o vício em apostas ou jogos possam ligar para buscar ajuda. Paralelamente, a Secretaria de Prêmios e Apostas, criada pelo Ministério da Fazenda, articula com o SUS medidas preventivas e de tratamento contra o vício.
A ideia é que, no futuro, haja também um cadastro unificado no país com os dados das pessoas excluídas de plataformas por vício – para que elas não consigam fazer apostas com outros operadores.
O mercado de apostas no Brasil está em processo de regulação. O governo analisa os pedidos de autorização das empresas que pretendem operar de forma regular. As que se adequarem até o fim do ano, vão poder atuar no país a partir do próximo ano.
- BAND/UOL