A Orquestra Sinfônica da Paraíba volta à Sala de Concertos nesta quinta-feira, dia 25 de maio, para apresentar o 3º concerto oficial da temporada 2023, prestando uma homenagem à cultura nordestina, especificamente às festas juninas, com a execução de “Terno de Pifes para Orquestra Armorial”, do compositor, pianista e regente pernambucano Clóvis Pereira. A apresentação começa às 20h30, com regência do maestro Gustavo de Paco de Gea e a participação, como solista, do clarinetista Alphonsos Silveira.No programa, há também músicas de Gounod, Piazzolla e Beethoven. O concerto começa com a “Petite Symphonie”, do francês Charles Gounod, famoso principalmente por suas óperas e músicas religiosas. Depois, será a vez da música armorial “Terno de Pifes”, de Clóvis Pereira, brasileiro nascido em Caruaru (PE), que é compositor de frevos, caboclinhos, maracatu, obras para coro e orquestra e de peças para orquestra sinfônica.O concerto seguirá com a presença do clarinetista da Orquestra Sinfônica da Paraíba, Alphonsos Silveira, na execução de “Allegro Tangabile para Clarinete e Cordas”, do bandoneonista argentino Astor Piazzolla, considerado o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX. O grande final dessa apresentação da OSPB será a “Sinfonia nº 3, Op. 55 (Eroica)”, de um dos maiores nomes da música erudita mundial.
O concerto do dia 25 tem um repertório muito variado, pra todos os gostos”, disse o maestro Gustavo de Paco. “Vamos começar o concerto com uma obra só para sopros, a sinfonia chamada “Petite Symphonie”, do autor francês Charles Gounod. Tem flautas, oboés, clarinetes e trompas. Eu acho que é uma obra que faz muito tempo que não se faz, pelo menos desde 2005. Vai ser interessante porque normalmente se começa com cordas, e desta vez vai ser diferente, vamos começar com os sopros”, observou.Sobre “Terno de Pifes”, de Clóvis Pereira, o maestro destacou a homenagem à cultura popular nordestina. “É uma obra no estilo armorial, que originalmente foi escrita só para duas flautas e percussão. Eu mesmo participei da gravação muitos anos atrás como instrumentista. E agora o maestro Clóvis fez uma adaptação com as cordas, também mantendo sempre as duas flautas e a percussão, que permite executar a obra no repertório sinfônico, digamos. Essa é nossa homenagem ao São João que está chegando aí”, afirmou.
O maestro falou também sobre outra homenagem nesse concerto, que será ao 25 de maio, data da liberdade da Argentina. “É uma das duas datas nacionais da Argentina, que comemora o dia em que a Argentina ficou livre da colonização espanhola, que foi 25 de maio de 1810. Como coincide com o nosso concerto, eu decidi fazer uma obra argentina. Então, vamos fazer a Allegro Tangabile, do famosíssimo Astor Piazzolla, que vai ser executada pelo solista clarinete Alphonsos Silveira, acompanhado das cordas. Essa vai ser a formação: só clarinete e cordas”, explicou o maestro Paco.