Conforme apurou o ClickPB, a informação foi detalhada após uma solicitação via Lei de Acesso à Informação (LAI) ser negada à Revista Veja.
O presidente Lula (PT) colocou em sigilo os dados com os nomes das 3.500 pessoas que participaram de um coquetel ofertado no palácio do Itamaraty, no dia da posse do chefe do executivo nacional. Conforme apurou o ClickPB, a informação foi detalhada após uma solicitação via Lei de Acesso à Informação (LAI) ser negada à Revista Veja.
Lula, que criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro diversas vezes pelo sigilo de cem anos no acesso às informações do governo federal, utilizou a mesma justificativa para não divulgar detalhes da festa: “As informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice e respectivos cônjuges e filhos serão reservadas”.
Para a presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Transparência Brasil, Marina Atoji, a ação “É uma clara contradição do discurso do presidente em relação ao que criticava e ao discurso de posse em que ele defendeu que a transparência seja cumprida”. Em entrevista ao portal UOL, a ativista disse que “é importante saber a quantidade de pessoas que estiveram no evento para contextualizar a dimensão dos gastos, entender a aplicação do recurso público. O sigilo é a exceção”.
Em nota, o Itamaraty respondeu à imprensa que “A lista de convidados para o evento em apreço tem caráter reservado, sob amparo da lei 12.527 (inciso II, art. 23 e parágrafo 2º, art. 24) e do decreto 7.724 (art. 55), que regulamenta a aludida lei”.