Após período em São Paulo, presidente eleito retorna à rotina da transição e tem semana decisiva para destravar articulação com o Congresso, formação do Ministério e indicações para o núcleo da Defesa
Após passar sete dias recolhido por orientação médica, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou na noite de ontem a Brasília para tratar de três assuntos prioritários: as estratégias para aprovar a PEC da Transição, a definição dos nomes que vão integrar os núcleos temáticos de Defesa e Inteligência Estratégica, únicos que não contam com nenhum membro até agora, e o possível anúncio dos primeiros ministros do seu futuro governo.
Lula vai articular pessoalmente para destravar a proposta de emenda à Constituição que permite ao Executivo furar o teto de gastos para custear promessas eleitorais, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600. O petista deverá se encontrar novamente com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de lideranças de partidos e bancadas, na tentativa de viabilizar o início da tramitação do projeto.A presença de Lula também servirá para aplacar ruídos. Ele repousou durante uma semana após se submeter a uma cirurgia para retirar uma lesão na garganta. Ainda assim, a ausência do presidente eleito na reunião do Conselho Político da transição, na terça-feira passada, gerou queixas. Nos bastidores, aliados pediram empenho de Lula para destravar a PEC no Congresso. Até aqui, a direção do PT vinha tentando evitar o envolvimento direto do presidente eleito na discussão, uma tentativa de blindá-lo dos danos de uma eventual derrota antes mesmo de ele tomar posse. A estratégia, porém, mudou
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