De acordo com o boletim InfoGripe, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba apresentam as maiores altas de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
odas as regiões brasileiras registraram aumento de casos de Covid-19 no início de novembro, frente ao mês anterior, de acordo com levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira (23). Atualmente, a doença representa mais de 61% de todos os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil.
De acordo com o boletim InfoGripe, os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba foram os destaques negativos, com as maiores altas de SRAG. Nestas regiões, os contágios por Covid-19 crescem desde o início de outubro.
O pesquisador da Fiocruz e responsável pela pesquisa, Marcelo Gomes, voltou a defender a importância de medidas de proteção nesta fase da pandemia.
“Para diminuir a transmissão do vírus, é extremamente importante que a população retome o uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença”, reforça o coordenador do InfoGripe.
Segundo o boletim, 15 das 27 unidades federativas apresentam crescimento na tendência nos casos de longo prazo, nas últimas seis semanas. Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
O restante das unidades federativas apresenta tendência de alta no curto prazo. Na maioria dos estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.
Vacinas bivalentes aprovadas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade nesta terça-feira (22) o uso emergencial de duas vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19.
São dois imunizantes atualizados que contemplam sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus e devem ser utilizados como doses de reforço contra a doença:
- Bivalente BA1 – protege contra a variante original e também contra a variante Ômicron BA1.
- Bivalente BA4/BA5 – protege contra a variante original e também contra a variante Ômicron BA4/BA5.
A decisão foi tomada em votação da Diretoria Colegiada da Anvisa em reunião extraordinária realizada no período da noite. Para a avaliação, o órgão contou com a colaboração de sociedades médicas.
Na noite de terça-feira, a Pfizer divulgou uma nota em que afirma que as vacinas atualizadas devem ser entregues ao Brasil nas próximas semanas.
A CNN consultou o Ministério da Saúde sobre prazos para a chegada das vacinas bivalentes ao país e disponibilização nos postos de saúde. Em nota, o ministério afirmou que “vai solicitar ao laboratório o cronograma de envio dos lotes com os novos imunizantes, tendo em vista que o atual contrato da pasta com os fornecedores contempla a entrega de vacinas com cepas atualizadas”.
(Com informações de Lucas Rocha,cnnbrasil.com.br)