A Justiça determinou que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) siga preso. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro. O governo do estado informou ainda que ele já foi transferido de Benfica para Bangu 8, no Complexo de Gericinó.
O advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha, afirmou, no entanto, que não foi informado de nenhuma decisão. O sócio dele, João Pedro Barreto, acompanhou a audiência de custódia e, ao sair, afirmou à CNN que não havia decisão.
Após ter a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Jefferson passou a ser também investigado pela tentativa de homicídio dos quatro policiais federais que foram prendê-lo. O ex-presidente do PTB os recebeu com tiros de fuzil e granada.
Agora a defesa está tentando descobrir qual o melhor caminho para tentar reverter a prisão ou pelo menos atenuar os crimes.
A CNN apurou com fontes da defesa que uma dos caminhos será alegar que Jefferson está com suspeita de uma recidiva de câncer. A situação de saúde seria usada para definir os próximos passos.
Outra possibilidade é usar o vídeo que mostra ele dialogando, negociando, com o policial federal — em clima até descontraído — pra tentar demonstrar que havia “clima pacífico” depois da primeira resistência “no susto”.
Ao longo de todo o processo do inquérito das Fake News, a defesa de Jefferson já tentou várias cartadas. Uma delas foi na época do indulto a Daniel Silveira (PTB). Os advogados de Jefferson chegaram a preparar duas minutas de indulto que abrangeriam: uma os crimes de todos os envolvidos no inquérito das fake news e outra apenas o caso dele. Sem a simpatia do governo federal, a ideia morreu à época e não foi retomada agora.