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Área econômica e Congresso condicionam novo auxílio emergencial à aprovação de PEC com cláusula de calamidade

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Saque do auxílio emergencial

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, condicionaram nesta sexta-feira (12) o pagamento de um novo auxílio emergencial à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo.

A intenção é incluir uma cláusula de calamidade na proposta, que, entre outras medidas, permite ao governo adotar medidas para cortar custos por meio de redução de salário e de jornada de servidores. Com a cláusula de calamidade, o governo poderia ficar autorizado a aumentar gastos públicos.

Pacheco, Guedes e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participaram de um almoço nesta sexta na residência oficial da presidência da Câmara, no qual discutiram alternativas para a recriação do auxílio.

Desde a semana passada, Pacheco e Lira vêm pressionando o governo para que seja aprovada uma nova rodada do auxílio a trabalhadores que perderam renda na pandemia.

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Após almoço com Guedes, presidência do Congresso diz que prioridades são vacina e auxílio emergencial

Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, têm defendido que a volta do auxílio — que fará com que o governo aumente gastos em 2021— precisa ser acompanhada de redução de despesas públicas em outras áreas.

Essa preocupação se deve ao fato de que, sem uma contrapartida, a nova rodada do auxílio contribuiria para aumentar ainda mais o rombo nas contas do governo e o endividamento público, o que pode levar a desconfianças entre os investidores e a dificuldades para que o governo financie sua dívida.

A aprovação da PEC do Pacto Federativo, portanto, daria ao governo condições de cortar custos com o funcionalismo, por exemplo, abrindo espaço no orçamento para a nova rodada do auxílio sem aumentar ainda mais o rombo nas contas públicas.

“É fundamental que haja possibilidade de uma cláusula de calamidade pública nessa PEC do Pacto Federativo para que tenhamos condições de poder fazer a flexibilização necessária para que haja auxílio no Brasil”, afirmou Pacheco.

Segundo o presidente do Senado, existe uma expectativa na sociedade de prorrogação do auxílio. Pacheco ponderou, no entanto, que é preciso ter “responsabilidade fiscal”. Ele defendeu o pagamento do auxílio por mais quatro meses.

“Nossa expectativa é de que possamos ter nos meses de março, abril, maio e, eventualmente, no quarto mês, de junho, o auxílio emergencial. Essa é a nossa expectativa, é nosso desejo”, disse.

Responsabilidade fiscal

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que há um compromisso do governo com a saúde, com a vacinação em massa e com o auxílio emergencial “com responsabilidade fiscal”.

“Que é justamente o novo marco fiscal, que representa o pacto federativo com essa cláusula de calamidade pública. É construtivo o clima entre a Câmara, Senado e governo. E estamos todos na mesma luta: auxílio emergencial o mais rápido possível e as reformas, particularmente a do marco fiscal, que garante que vamos enfrentar essa guerra sem comprometer futuras gerações”, declarou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação do Planalto com o Legislativo, também participaram do encontro.

Lira, reforçou que, diante da pandemia, as três preocupações do Congresso e do governo são a vacinação e as pautas econômica e social. Segundo ele, esses três assuntos serão tratados com “a maior rapidez possível”.

“Há uma perspectiva de retorno de alguns dispositivos que são inerentes a momentos de dificuldades, com o que nós possamos ultrapassar, e o mais rápido possível para que tenhamos tranquilidade no Brasil de enfrentarmos o problema da vacinação, da pauta econômica e da pauta social. São as três que preocupam o governo e o Congresso neste momento”, disse.

Sobre a imunização contra a Covid-19, o deputado falou, ainda, em medidas legislativas que “facilitem o trâmite das agências e das vacinas na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”.


G1

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