Nas democracias consolidadas, é prática comum que a oposição aguarde os primeiros 100 dias de um novo governo para avaliar as decisões e ações do novo gestor. No entanto, em Ingá, esse tempo de trégua foi substituído por críticas quase imediatas. O ex-prefeito Robério Burity não esperou nem 100 horas para apontar supostos defeitos na gestão do atual prefeito, Jan, filho de Manoel da Lenha. Uma das principais críticas de Robério é o alegado esvaziamento da Casa dos Autistas, instituição criada em sua gestão. No entanto, informações extraoficiais indicam que o espaço está sendo apenas transferido para outro local.
Farinha pouca, meu pirão primeiro
Enquanto isso, Robério enfrenta sua própria tempestade de críticas. A imprensa paraibana revelou que, ao final de seu mandato, ele deixou a folha de pagamento de dezembro em atraso para servidores efetivos, comissionados e contratados. Contudo, o ex-prefeito garantiu para si o pagamento de um salário de R$ 16 mil, incluindo o acúmulo de três férias, o que totalizou mais de R$ 60 mil brutos.
A decisão gerou indignação entre funcionários e suas famílias, ecoando o ditado popular “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Nas redes sociais e nas manchetes de jornais, a atitude de Robério foi amplamente criticada, prejudicando ainda mais sua imagem política e pessoal.
A situação ganhou força com a participação de figuras populares, como a “Dona Nita da Prefeitura”, que resumiu o sentimento coletivo: “O que ele fez foi uma injustiça para quem trabalha duro todos os dias.”
Com uma saída marcada por polêmicas, Robério Burity enfrenta agora o julgamento público não só de suas ações como gestor, mas também de sua postura ética.
Fonte: Agora Paraíba e Ingá Cidadão