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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

“Silêncio de Bolsonaro sobre resultado das eleições estimulou atos antidemocráticos”, diz Veneziano sobre vandalismos em Brasília

“Pesa muito mais o silêncio do que, em muitos casos, a própria fala”, disse o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), ao ser questionado sobre a possível influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos antidemocráticos que vandalizaram o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, que foram invadidas e depredadas no último domingo (8), em Brasília. Como acompanhou o ClickPB, Veneziano analisou que os atos já vinham sendo articulados há ao menos 60 dias, após o resultado das eleições em segundo turno. Ele destacou ainda a falta de ausência de posicionamento de Bolsonaro sobre o resultado das eleições como motivação para gerar o caos no país. 

“Pesa muito mais o silêncio do que, em muitos casos, a própria fala. Então é sabido que o silêncio do Jair Bolsonaro desde os primeiros momentos de concluído o processo eleitoral deu demonstrações para aqueles que o tomam como líder de muitas coisas. Passados os três meses verificamos processos lamentáveis com rodovias que ficaram paralisadas e o presidente não falou e chegou a dar uma tímida declaração. Teria sido muito importante que ele tivesse se manifestado reconhecendo o processo eleitoral e o resultado das urnas, aonde os vencedores cabe o poder de governar e, aos perdedores a possibilidade de oposição. Esse silencio levou ao estímulo e excitamento a esses atos”, declarou em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (9), 

Ainda segundo ele, a depredação aconteceu porque houve quem bancasse, apoiasse ou até mesmo fosse omisso em relação aos invasores. Por isso, ele defendeu a responsabilização dessas pessoas e destacou a importância de a reação dos senadores ser afinada em torno da defesa da democracia e das instituições. “A Comissão Parlamentar de Inquérito já colheu assinaturas, mas a partir do dia 1º de fevereiro é que deveremos ter a sua instalação. Pela Constituição, cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convocar extraordinariamente o Congresso Nacional para analisar o decreto presidencial de intervenção federal”, reforçou. 

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