Parasitas encontrados nas de Gramame, do Amor, Jacumã, Carapibus e Tabatinga podem causar diarreia, febre e vômito
Uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) identificou parasitas intestinais em 10 trechos de praias do Litoral Sul paraibano. Os vermes foram encontrados em pontos das praias de Gramame, do Amor, Jacumã, Carapibus e Tabatinga.
De acordo com a coordenadora do projeto responsável pelo levantamento, Ana Carolina Dulgheroff,, professora e pesquisadora do Centro Profissional e Tecnológico da UFPB, as larvas dos parasitas intestinais penetram ativamente na pele de humanos e de animais, quando em contato com o solo contaminado, representando, dessa forma, um risco de infecção para os frequentadores das praias. Segundo ela, eles podem desencadear diarreia e, no contato direto com alguns tipos de larvas a infecção conhecida popularmente como ‘bicho geográfico’.
Ao todo, serão coletadas amostras de 20 pontos distribuídos nas praias do Litoral Sul paraibano, entre elas Barra de Gramame, Praia do Sol, Praia do Amor, Jacumã, Coqueirinho, Carapibus, Praia Bela, Praia de Barra do Abiaí e Tambaba. Até o momento, foram coletadas amostras de 14 áreas nas praias de Gramame, do Amor, Jacumã, Carapibus e Tabatinga.
De acordo com a professora, essas praias são potenciais fontes de infecção de parasitas intestinais por causa da contaminação das águas e solo por esgoto e fezes de animais e de humanos.
“O objetivo desse estudo é investigar a frequência de enteroparasitos na areia de praias do Litoral Sul da Paraíba, servindo como um biomarcador das suas condições ambientais. Os resultados poderão servir de base para a implementação de uma política municipal para o controle da qualidade das areias das praias de João Pessoa”, aponta a coordenadora do projeto.
“ Faz-se necessário implementar ações no sentido de melhorar as condições sanitárias dessas praias, que devem envolver educação sanitária e ambiental e melhorias no saneamento, além da realização da manutenção das galerias de águas pluviais, cujo objetivo principal seria evitar que haja transbordamento dessas”, diz Ana Carolina.
Além de sugerir que a população também precisa se conscientizar da importância dessas praias, a importância de tratar os animais domésticos que estejam doentes e recolher as fezes desses animais que são expelidas nos locais. Ela ainda fala que “é importante a implementação de políticas públicas visando ao acolhimento, tratamento e diminuição de animais errantes”.
A coordenadora explica que os índices de contaminação das areias das praias brasileiras são um assunto recorrente e de importância clínica.